Actividades

 

Visita ao Gabinete Médico-Legal em Torres Vedras


     A actividade decorreu no dia 9 de Dezembro de 2010, pelas 16h00 no Gabinete Médico-Legal em Torres Vedras.
     Primeiramente, abordamos o nosso tema e discutimos os objectivos do nosso trabalho com o médico legista responsável por este departamento em Torres Vedras.        
     Expusemos o nosso desejo de assistir a uma autópsia, principal objectivo da ida ao local, com fim a enriquecer o nosso projecto, pois a Tanatologia - área das Ciências Forenses que se dedica às autópsias - é muito importante, e quando nos deparamos pessoalmente com estas situações, tudo adquire outro significado.
     Para o nosso desagrado, foi-nos negada a possibilidade de assistir à autópsia, dado grupos anteriores não respeitarem as normas do espaço.     
    Era de facto uma grande oportunidade, mas não estão ao nosso alcance estas situações. Como nem todo è mau, tivemos a possibilidade de visitar o laboratório do local e uma das técnicas presentes deu-nos a conhecer diversos utensílios e respectivas utilizações num laboratório destinado a estes fins.     Permitiram-nos tirar fotografias e esclareceram-nos as dúvidas que levávamos. Deram-nos também a oportunidade de voltar ao local para esclarecermos quaisquer dúvidas que possam suscitar ao longo da concretização do projecto.
    A actividade terminou por volta das 17h15 e apesar de sabermos que não podemos assistir à autópsia, tivemos uma boa oportunidade de alargar os horizontes e colocar dúvidas que nos surgiram a estes profissionais, pois são os que mais nos podem ajudar a esclarecê-las.

 

Visita ao Instituto de Medicina Legal de Lisboa


    Por fim, visitámos o Laboratório de Toxicologia, com o Dr. João, onde pudemos observar todos os materiais utilizados na análise toxicológica, bem como os procedimentos efectuados no mesmo. 
 

Reflexão crítica:

    A viagem do grupo a Lisboa foi muito interessante e enriquecedora.
     A troca de experiências e o contacto partilhado com o grupo que esteve connosco na sessão foi também bastante agradável e produtiva.
     Ficámos muito surpreendidas com a alta tecnologia e os materiais existentes no laboratório de Toxicologia.        
      Quanto ao atendimento no Instituto, foram muito atenciosos e receberam-nos muito bem.        
     Assim, foi uma boa experiência que irá enriquecer o nosso trabalho, dando-nos uma visão mais concreta do funcionamento dos laboratórios em Portugal.

 

Vitrina da escola


    Na passada semana de sete a onze de Fevereiro de 2011, o grupo realizou uma actividade no âmbito da disciplina de Área de Projecto, para toda a comunidade escolar. A actividade consistia na exposição dos resultados obtidos nos inquéritos e na divulgação do tema “Ciências Forenses - Realidade ou ficção?”, bem como as diversas áreas que o constituem estabelecendo interacção com toda a comunidade escolar.
     Inicialmente surgiram muitas ideias para a realização desta actividade, mas nem todas foram possíveis de concretizar devido ao espaço limitado.
     Não tivemos grandes dificuldades na montagem da vitrina pois já tínhamos tudo definido, apenas na colagem das cartolinas à parede e por termos dispendido algum tempo na remoção de materiais expositivos restantes de outras vitrinas.
     Após a análise dos inquéritos, verificamos um grande desconhecimento do tema por parte da comunidade escolar, como tal a vitrina seria o nosso meio de informar todos e criando um impacto forte à semelhança do tema.
     Quanto aos materiais, tivemos o apoio da união e da gráfica sobralense não suportámos por isso, custos elevados na execução da actividade.
  
 

 

 


 

Reflexão crítica do grupo:


    O grupo esteve muito interessado e empenhado na execução de todas as tarefas, de modo a proporcionar impacto na comunidade escolar, dado este tema não ser muito divulgado, pois constatámos este facto na análise dos inquéritos.
     Os objectivos estabelecidos foram superados, pois deparámo-nos com a interacção da comunidade escolar com o material expositivo, bem como o seu interesse pelo mesmo.
      Assim, apesar de tanto tempo dispendido na concretização desta actividade, sabemos que acima de tudo valeu a pena!
  

Palestra com o Professor José Eduardo Pinto da Costa

 

    No passado dia onze de Março de 2011 pelas 14 horas tivemos o prazer de receber o Professor José Eduardo Pinto da Costa no auditório da Câmara Municipal de Torres Vedras, figura pública conhecida pela sua vasta carreira profissional, que, a convite do nosso grupo, procedeu a uma palestra sobre o tema “Ciências Forenses - Realidade ou Ficção?” 
     Os elementos do nosso grupo foram apresentados como os organizadores deste evento e o Professor tinha diante de si uma plateia de alunos, professores, forças policiais e comunidade extra-escolar bastante curiosos relativamente ao que iria ser proferido em relação às Ciências Forenses.
     O Professor dispensou apresentações, a seu ver “basta dizer o meu nome que todos sabem quem sou” aproveitando assim a sua hora e meia para defender o seu ponto de vista a cerca da medicina legal.
    Durante a palestra foram mencionados factos relativos à história das Ciências Forenses, como os principais impulsionadores desta ciência tão oculta até há bem pouco tempo e algumas das principais descobertas que deram alento ao início de investigações nesta área.
      Falou-nos também de alguns casos da actualidade, de quais e como são utilizadas as evidências encontradas no local do crime, mostrando algumas imagens intercalando com algumas saídas humorísticas bastante pertinentes, desmistificando algumas ideias pré-concebidas e erradas, a boa disposição do nosso convidado foi aliada à aprendizagem, à aquisição de novos saberes e à conversação.
     As imagens de forte impacto visual disponibilizadas davam oportunidade ao diálogo entre a audiência e o orador.

 

Reflexão Critica: 


     Fazendo agora um balanço geral a todo este evento, com muita pena nossa o tempo não deu para tudo o que o grupo tencionava fazer, como no final da palavra do Professor a plateia ter hipótese de expor as suas questões e o grupo fazer agradecimentos individuais e especiais, no entanto esta actividade correspondeu às nossas expectativas iniciais.
     Ficámos bastante orgulhosas do trabalho por nós realizado e achámos que toda a comunidade escolar, extra-escolar e forças policiais que esteve presente ficou muito satisfeita com o mesmo.

 

Actividade “As Badaladas da meia-noite”
 
    No passado dia 15 de Março de 2011, o grupo preparou uma actividade destinada à comunidade escolar do 7º ano, da turma B, na sala 11.
     A actividade foi realizada com os seguintes objectivos: divulgação do tema e interacção do tema de uma forma simples e divertida com os mais jovens, de modo a que fiquem uma noção básica de como se procede na resolução de um crime, bem como o desenvolvimento de uma actividade laboratorial alusiva ao tema.
     Iniciámos a actividade com o monólogo da personagem que foi vítima do crime, em que esta pedia aos polícias (alunos) que encontrassem o verdadeiro culpado. À medida que era citados os nomes das personagens, estas iam entrando na sala como forma de apresentação.  
     Os alunos estavam distribuídos em três mesas e as três personagens suspeitas dirigiam-se a cada mesa, a fim de serem interrogadas pelos polícias. A história baseia-se então num indivíduo que foi envenenado, e sabe-se que a última bebida que ingeriu foi um chá servido pela empregada. Sabe-se ainda que a empregada tinha um caso com a vítima e a filha tinha conhecimento do mesmo. Tínhamos também a esposa da vítima como suspeita, pois ausentou-se da sala e não se sabe onde esteve.
     Após todas as personagens terem respondido às questões colocadas pelos alunos, seguiu-se um momento de debate, onde cada grupo apresentou as ideias acerca do culpado.
     O grupo preparou uma pequena curta-metragem que expôs aos alunos e continha todo o enredo que surgiu nesta história.
      Realizámos uma actividade prática laboratorial com os alunos, em que pretendíamos observar DNA a partir de células do epitélio bucal. Deste modo, demos-lhes a conhecer um novo conceito que é fundamental no nosso tema e faz toda a diferença entre o inocente e o culpado. É usado com alta tecnologia nos laboratórios de investigação, mas nesta actividade apenas lhes quisemos incutir este novo conceito e frisar o quão é importante.
     Por último, demos também a conhecer o resultado de uma actividade laboratorial que preparámos antes, que consistia na identificação de sangue a partir de uma amostra, através de uma solução de luminol.

 

Reflexão crítica:

 

 

 


    Esta actividade permitiu-nos chegar aos mais pequenos com o tema, não de forma muito intensa, mas de uma forma mais divertida para que pudessem apenas perceber de um modo muito geral o processo que decorre na identificação de um culpado.
    Constatámos que os grupos não conseguiram identificar o verdadeiro culpado, mas de um modo geral, foram perspicazes nas questões e aparentaram interessar-se pelo tema.
    A actividade laboratorial teve sucesso, de um modo geral e foram muito cuidadosos na sua execução.
    O grupo gostou bastante da experiência com os mais pequenos, e apesar das desventuras que ocorreram antes com a preparação de uma actividade laboratorial que não fizemos com eles mas mostramos o produto final, aprendemos que é sempre bom planear as actividades com algum tempo de antecedência.
     Ficámos com a sensação de que se divertiram e que aprenderam algo mais e só por isso, todo o trabalho que investimos, já valeu a pena.

 

 

Visita de estudo ao Biocant-park

 

     No âmbito da disciplina de Área de Projecto de Biologia do 12º ano realizámos uma visita de estudo no passado dia 17 de Março de2011 com a Professora da disciplina Ana Coelho, ao Centro de Ciência Júnior em Cantanhede mais precisamente no Biocant Park.
     O Biocant Park é o primeiro parque de biotecnologia em Portugal, cujo objectivo é patrocinar, desenvolver e aplicar o conhecimento avançado na área das ciências da vida, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial. O Biocant Park disponibiliza um centro de investigação e desenvolvimento em biotecnologia – BIOCANT, com quadro próprio de investigadores e alicerçado na forte tradição científica dos centros de investigação de excelência da Universidade de Coimbra e da Universidade de Aveiro.
     Com a realização desta actividade o grupo pretendia proporcionar a interacção da nossa turma com a parte prática/laboratorial que nos aproxima da realidade do nosso tema.
     Partimos todos juntos da escola Henriques Nogueira pelas nove horas e trinta minutos, deslocamo-nos no autocarro da turispraia alugado pelo nosso grupo e com a contribuição da quantia de cento e cinquenta euros do Presidente da Junta de Freguesia São Pedro e Santiago, tendo como destino Cantanhede.
     Ao chegarmos ao Biocant fomos muito bem recebidos e deparamo-nos com as óptimas condições que estávamos prestes a usufruir.
     Depois do almoço, pelas 14 horas deslocámo-nos para um laboratório, onde a nossa actividade era a Identificação de um criminoso por perfil de ADN.
 Fomos acompanhados durante toda a tarde por três monitoras muito competentes e prontas para nos ensinar as experiências que íamos fazer.
 Deram a todos os alunos e à professora um caderno com o protocolo onde tinha a explicação de todos os passos para a realização das experiências correctamente.  Começámos por ver uns diapositivos para explorar o conceito de electroforese, como podemos ver na ilustração3, pois a actividade está preparada com a duração de seis horas, três horas de manha e três à tarde, mas como somos do 12º ano e já temos as noções suficientes do ADN não foi necessário fazermos a actividade com a duração de seis horas, visto que também como somos de longe foi-nos proporcionado uma maior flexibilidade. 
     Chegámos á conclusão que a electroforese é a técnica mais utilizada em bioquímica e em biologia molecular para separar moléculas de ADN ou proteínas, com base no seu tamanho e carga, consiste em colocar uma amostra de ADN ou proteínas num gel ao qual se aplica uma corrente eléctrica no sentido de proceder á separação de moléculas (ADN ou proteínas), de diferente tamanho ou carga.
     Em seguida aprendemos a utilizar uma micropipeta, ferramenta muito importante no laboratório, que mede com precisão pequenos volumes de líquidos.     Após já manipularmos bem com a micropipeta e de termos realizado alguns exercícios de compreensão passamos ao exercício seguinte, de batas brancas vestidas, luvas colocadas e muita delicadeza imprescindível para o manuseamento de materiais perigosos para identificar um criminoso por perfil de ADN. 
     A experiência decorre num tom bem-disposto e informal, mas segue sempre as indicações do protocolo. 
     Na nossa bancada estavam quatro amostras, cc,s1,s2,s3, guardadas dentro de um balde com  gelo, tudo foi  feito de forma minuciosa e nem a troca de pontas da micropipeta é descuidada. Como havia diferentes passos a percorrer e tempos rigorosos para respeitar contamos com a ajuda de um cronómetro.
     O primeiro passo foi adicionar enzimas de restrição em cada amostra, são estas que ajudam a fragmentar uma amostra que de outra forma teria um tamanho demasiado grande e incubámo-las num banho de 37ºC por 30 minutos; enquanto esperávamos, preparamos um gel de agarose para correr as amostras após a digestão com as enzimas de restrição, este gel consiste na junção da solução de TBE ao Erlenmeyer que contem a agarose já pesada, que posteriormente adiciona-se Fast Blast DNA stain, que é um corante que permite observar as bandas de DNA quando correr a electroforese. 
     Seguidamente despejamos a agarose na caixa do gel, deixando-o em repouso por quinze minutos, como podemos ver na ilustração numero 6.
     Passados os quinze minutos, preparamos uma solução de TBE, despejando-a nos compartimentos laterais do gel, após esta digestão das amostras, adicionamos loading dye a cada tubo, tornando a solução mais densa e corada para facilitar a colocação das amostras no gel. Em seguida colocamos o gel com a amostra em cada poço. 
     Chegamos assim à última etapa, o gel, contem as quatro amostras, está a correr ligado a uma fonte de alimentação, para a eletroforese, sendo necessário esperar meia hora até ser possível obter resultados.
     Enquanto esperávamos pelos resultados fizemos um curto intervalo; de volta ao laboratório, esperamos breves minutos e o cronómetro indicava que estáva na hora. Comparamos o “mapa” de bandas da cena do crime com as obtidas para cada grupo do crime, como na ilustração 7, chegando à conclusão que o suspeito 2 esteve na cena do crime.
 

 

 

 

Reflexão Critica: 


     Esta actividade surpreendeu o grupo pela positiva, conseguimos alcançar os nossos objectivos, reconhecemos assim que foi bastante interessante realizar esta experiencia que está relacionada com o nosso tema “Ciências Forenses -Realidade ou ficção”, onde permitiu-nos contactar com a parte pratica/laboratorial que nos aproximou da realidade do tema proposto.
 

 

 

Palestra com a Dra. Algina Monteiro

 

    No dia 25 de Março, sexta-feira, às dez horas e trinta minutos tivemos o privilégio de receber na nossa escola a Dra. Algina Monteiro, chefe da área de criminalística do Laboratório Científico da Polícia.
     A palestra apresentada pela Dra. Algina Monteiro, cujo tema era a constituição e funcionamento do laboratório com apresentação de alguns casos reais, decorreu na biblioteca.

     Com esta actividade, o grupo pretendia divulgar o tema do nosso projecto, dar a conhecer um pouco das actividades que decorrem no Laboratório Científico e mostrar a verdadeira Ciência Forense que se exerce a nível laboratorial em Portugal.
     Através da comparação entre a série televisiva CSI e o que se realmente se pratica no Laboratório Científica, foi possível fazer uma relação directa ao tema do nosso projecto.
     Esta palestra permitiu também o enquadramento das Ciências Forenses na área da Biologia, uma vez que são realizados diversos processos com base no DNA presente em alguns vestígios biológicos.
    A palestra foi dinâmica, na medida em que a oradora interagiu com o público, permitindo a sua participação na mesma, através de casos verídicos que apresentou.
     O grupo deparou-se com algumas dificuldades na realização da actividade como: a falta de turmas disponíveis para assistir à palestra e problemas com os materiais informáticos no início da palestra, que eram essenciais para a realização da mesma.
     A reacção por parte do público foi positiva, pois tivemos alguns colegas que nos disseram que tinham gostado bastante da palestra.

    Nesta actividade temos agradecimentos especiais a fazer: à Dra. Algina Monteiro, que se disponibilizou para vir a Torres Vedras sem quaisquer custos, à professora Cacilda que nos cedeu a biblioteca, ao nosso colega Emanuel que nos emprestou o seu computador sem o qual não teria sido possível a apresentação da palestra, e à nossa orientadora e professora da disciplina Ana Coelho, por todo o apoio e ajuda prestada não só nesta actividade como nas anteriores.


Reflexão Crítica:

    Esta actividade surpreendeu o grupo pela positiva, pois não estávamos à espera que fosse tão interessante como foi.
A projecção da voz da oradora nem sempre foi a melhor, contudo achamos que a mensagem foi bem transmitida.
    Foi uma palestra esclarecedora, não só para o público, como também para nós, uma vez que não sabíamos que Portugal estava tão avançado em termos de métodos e tecnologias na área forense.